Leis e Jurisprudência

Uma juíza do TRT-RJ, chamou um servidor deficiente físico de "meio-servidor"

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O sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sisejufe) fez em maio do ano passado, uma mobilização contra o ato praticado pela juíza Evelyn Correa que teria chamado o cadeirante e servidor concursado, Felipe Gonçalves, de “meio-servidor”.

Segundo um dos diretores do sindicato, Roberto Ponciano, “um juiz tem que punir quem maltrata deficiente físico em seus locais de trabalho. E aqui em Petrópolis quem maltratou foi justamente uma juíza do trabalho – chamando um cadeirante de ‘meio servidor’. Ela quis dizer: ‘Você é meio ser humano!’ Quem deveria punir os que agem assim, fez pior! Nos sentimos indignados”. De acordo com ele, que falou ao microfone para a população e para os servidores do TRT, uma juíza não pode se colocar acima da lei e achar que tem um poder absoluto a ponto de agredir moralmente qualquer pessoa. “Estamos aqui para denunciar esse fato e afirmar que vamos acompanhar o caso e exigir a punição dessa juíza. Não podemos aceitar no Judiciário pessoas com essa mentalidade, pessoas que acham que deficientes físicos são seres humanos menores. Ela é uma ‘aprendiz de Bolsonaro’.

De acordo com Ricardo de Azevedo Soares, também um dos diretores do sindicato,  o Poder Judiciário ainda é muito “encastelado” e muitas vezes “se trata de um grande feudo em que alguns juízes, cada qual na sua célula de poder, acham que podem fazer o que bem entendem: assediar moralmente, destratar servidores e tudo ficar por isso mesmo.”

Segundo os sindicalistas a mesma juíza estaria obrigando os servidores a cumprirem jornadas de trabalho superiores às permitidas, além de serem coagidos a trabalhar aos sábados.

O servidor _ que trabalha há três anos no tribunal se sentiu agredido e denunciou o caso ao Ministério Público Federal que fez uma representação e encaminhou a denúncia a 2ª instância do Ministério Público, já que ela como juíza tem foro privilegiado. E deve ser julgada pelos desembargadores.

O servidor também informou que denunciou à corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho, que, através de nota, informou apenas que “tomara” as medidas necessárias quando provocado”.

Será que esse será mais um caso que cairá no esquecimento? A juíza sofrerá alguma punição? Se nossa constituição diz que todos somos iguais perante a lei, então todos deveriam ter o mesmo tratamento. (Nota do blog).

Assédio Moral
Para mais informações sobre o caso, acesse o site Sindicato dos Servidores  das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro.

Referências: http://www.sisejufe.org.br/portal/; Diario de Petrópolis

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

13 thoughts on “Uma juíza do TRT-RJ, chamou um servidor deficiente físico de "meio-servidor"

  • Michelly

    Essa juiza evelyn correa é mais uma juíza louca alucinada que tem neste país, gente assim não consegue fazer nada de bom a sociedade e só come o dinheiro do bolso do contribuinte que passa a vida toda trabalhando muito e ganhando mal.

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  • Tânia

    Se os senhores lutam contra a discriminação dos deficientes, estou junto nessa briga e lutarei junto. Mas, o exemplo tem que partir daí também. Os senhores se manifestam de maneira discriminatória e incentivam a loucura das pessoas ao comentarem “Ela é uma aprendiz de Bolsonaro”. Afinal, ninguém aí raciocina? Ou são todos vermelhos? Qual é o problema de vocês? Por acaso alguém aí se deu ao trabalho de estudar as grandes conquistas que o Jair Bolsonaro tem feito para os brasileiros? Vocês nunca ouviram falar no “kit gay”? Ou vocês acham correto incentivarmos a homossexualidade em crianças de SETE ANOS DE IDADE? O que está acontecendo no Brasil? Ficaram todos loucos? As pessoas saem repetindo o que os comunistas lhes passam, sem fazer o devido processo de seleção? Quer dizer que tudo que os vermelhos falam é que está correto? Vocês não viram que aquela que ESTÁ presidente do Brasil, gastou mais de 650 mil para passar féria com TODA a família dela e ainda com o EX MARIDO e a atual MULHER dele, à custa dos brasileiros? Vocês não acompanharam o ENRIQUECIMENTO daquele que ESTEVE presidente por OITO anos? Vocês não sabem que CIRO e CID GOMES passaram as festas natalinas em Nova York à custa do dinheiro dos brasileiros? Ah, detalhe: levaram TODA a família e os amigos!! Vocês estão fingindo que não enxergam isso ou ignoram mesmo a realidade brasileira? Ora, minha gente, vamos estudar a vida do Bolsonaro e rezar para que tenhamos MILHÕES dele nos representando. Afinal, enquanto os ministros VERMELHOS NOS ROUBAM, o Bolsonaro, como Deputado e, com muito ORGULHO, MILITAR DO BRAVO EXÉRCITO BRASILEIRO, está vigilante para acabar com a roubalheira! ESTUDEM. SE INSTRUAM. LEIAM. SE ATUALIZEM.

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    • Alfeo Clementi Jr.

      Concordo em gênero número e grau com que a Tânia comentou! A Imprensa, que deve ter muitos jornalistas Pseudo Formados nas “FALCUDADES” que o Lula inventou para nomear com melhor salário os cumpanhero.(Assessor de Gabinete DAS-1000), deveriam seguir o que ela sugere. Antes de citar alguém, estude sua vida e suas ações no que resultaram para a Sociedade.
      Parabéns Tânia!

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  • Valdineia Cunha

    Em nosso país quem deveria punir e fazer cumprir a Lei são os que agem contra a Lei! Ninguém está acima da Lei e da ordem nem mesmo uma Juíza essa senhora não pode se colocar acima da lei e achar que tem um poder absoluto a ponto de agredir moralmente qualquer pessoa. Todos somos iguais perante a Constituição e em nenhum capítulo da mesma trata nenhum cidadão brasileiro de forma diferente nem fala que existe cidadãos inteiros e meios cidadãos.

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  • MARIA DE LURDES LEITE

    ESTA JUÍZA SE ESQUECE ENTÃO Q OS MAGISTRADOS DESTE PAÍS SÃO TODOS DEFICIENTES E MENOS Q MEIO SERVIDORES PÚBLICOS DEIXANDO PRESCREVER O MENSALÃO A MAIOR VERGONHA DESTE PAÍS…ISSO SERÁ O MAIOR ATESTADO DE DESONESTIDADE E DEFICIÊNCIA NO TRABALHO Q O PODER JURÍDICO VAI PASSAR PARA A POPULAÇÃO CONSCIENTE DESTE PAÍS…

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  • joaquim de calasans Melo Filho

    Esta figura não tem condições de equilibrio para exercer a tão nobre função que é de distribuir justiça, como pode uma pessoa que tem o dever de coibir tais abusos, é a primeira que pratica tais arbitrariedades. Pena de demissão nela e internamento num hospital psiquiátrico para tratamento.

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  • Vanderlei Dimas Viganó

    Infelizmente mais uma ” TEREZA CRISTINA” na vida real, essa juiza (se é que podemos chamá-la assim), deveria estar em tratamento num Hospital Psquiátrico, pode ter certeza é mais um caso de abuso de autoridade que vai acabar em pizza (Deus permita que não), “Quem não sabe governar a sí próprio, não tem condições de governar os outros”. e tenho dito.!!!!!

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  • marta

    Sou advogada, milito na justiça do trabalho e essa juíza é arrogante e debochada de uma maneira geral….

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  • Vera Garcia

    Comentários com xingamentos, palavras de baixo calão e ofensas serão deletados. Caso queira deixar seu comentário, identifique-se e, por favor, não confunda debate com brigas ou amultuações.
    Agradeço desde já,

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  • José Antonio Rolo Fachada

    Conheço a juíza e já conversei com ela a respeito e com outros colegas de Petrópolis. Isso foi retaliação de funcionários que não querem trabalhar dentro da produtividade buscada pela própria Administração do TRT-RJ, porque o que foi dito pela juíza em reunião é que havia gente que trabalhava menos do que o deficiente que, mesmo com sua dificuldade de locomoção, por ser cadeirante, se dedicava e rendia muito mais. Daí veio essa interpretação de que havia gente trabalhando menos do que o cadeirante, que por ele ser um deficiente físico seria “meio-servidor”.
    Por favor circule essa minha resposta para quem você mandou porque toda versão, para se fazer justiça, tem de conter os dois lados. E eu acredito no que a juíza me contou porque já a conheço como juíza desde substituta, há uns 17 anos talvez, e nunca soube de qualquer comportamento hostil com qualquer funcionário, e tais informações foram ratificadas por colegas lá de Petrópolis. Aliás, foi a própria juíza quem solicitou a lotação do cadeirante na 2ª Vara de Petrópolis, onde ela era a titular (agora veio para a 58ª, por conta desse mal estar). Ou seja, se ela achasse mesmo que o cadeirante seria um “meio-servidor” NÃO teria solicitado a ocupação de uma vaga na Vara para um MEIO, e sim para um “inteiro servidor”. Isso é óbvio e lógico, não acha?
    Execrar é fácil. Apagar uma notícia maldosa nunca acontece, porque o estrago já foi feito. Vê-se isso com frequência nos jornais, rádios, TV’s e agora também via internet. A vida das pessoas compreende suas honras e suas privacidades. Uma vez devassadas não há vestimenta que apague o que já foi visto.
    Como advogado luto pela justiça. E neste caso está havendo injustiça e condenação prévia. Não estamos mais na inquisição, e nem adotamos a pena de morte em nosso país. Prezemos pelo respeito a dignidade da pessoa humana. E ao amplo direito de defesa.

    José Antonio Rolo Fachada
    Militante trabalhista há 20 anos, membro da Comissão da Justiça do Trabalho da OAB/RJ e ex-membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RJ.

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  • Fernando

    Sei que como irmão da Dra. Evelyn, muitos poderão dizer q estou defendendo a minha própria carne, e estou mesmo. Minha irmã é uma mulher íntegra, que trabalha para sustentar três filhos menores – meus sobrinhos de 14, 12 e 10 anos – além da minha sobrinha, já universitária com 22 anos. Tenho 25 anos e não sei onde estaria não fosse o apoio incondicional da minha irmã. Mas não é só. Ela ajudou as vítimas das chuvas na Região Serrana, minha sobrinha de 12 anos é adotada e foi a “última a chegar em família” já com mais de dois anos, qdo meu sobrinho menor tinha 4 meses. Viúva de soropositivo aos 24 anos de idade, conviveu com vítimas da AIDS qdo era uma jovem adulta. É mulher, divorciada de um segundo casamento e “pasmem” todos vcs: empurrou muitas cadeiras de roda na vida em trabalhos assistenciais e de seu próprio marido, vitimado por doenças associadas à AIDS aos 25 anos. Lutou pela lotação do rapaz na 2a. Vara, onde trabalhava, pois o mesmo encontrava-se em licença médica sofrendo não só por força da deficiência física, como também pela exclusão social. Como disse o Dr. Fachada, toda história tem dois lados e ela ainda não se manifestou sobre o dela por estrita observação à determinação do Tribunal ao qual está vinculada. Desafio qualquer desafeto da minha irmã encontrar uma mácula em sua carreira. Áqueles que porventura não gostam de sua atividade é preciso lembrar que um juiz sempre desagrada uma das partes. É a regra do jogo. Mas não admito injustiças com a minha irmã e só aceito comentários mediante provas contundentes do que ocorreu. Ela afirma que não foi como dizem, e eu acredito nela, pois conheço a atitude dela e respeito sua conduta profissional e pessoal. Insatisfações à parte, acho que muito se fala, mas pouco se prova….

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  • Pedro Netto

    Amigos, pensei que só aqui no Mato Grosso tinha juizes pensando ser Deus. Mas enganei. A Biblia diz: O homem que pratica mal a palavra, sofrerá consequência de suas propria palavras. PENSE NISSO.

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  • Sou deficiente física, e sofri preconceito de pessoas que deveriam nos defender no serviço público.
    Quanto a desvio de função, assédio moral e aumentar jornada é praxe no serviço público.São pessoas doentes, sem familiares, e se acham donos dos Órgãos públicos.

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