Brasil tem 3º maior cadastro de doadores de medula
A medula é um tecido que fica dentro do osso, e é responsável pela formação das células que produzem o sangue. Pode ser retirada do doador por meio de um furinho no osso da bacia ou pela veia.
O aumento do número de transplantes de córneas em São Paulo acabou beneficiando pacientes de outros estados. Nesta quarta-feira, o repórter Renato Biazzi mostra que cresceu o número de doadores de medula óssea, mas que o Brasil ainda precisa de mais pessoas interessadas em ajudar. Uma pequena dor nas costas e uma satisfação imensa. A professora Suely Walton foi doadora de medula duas vezes.
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“É uma sensação de uma maternidade, não de dar a vida, mas sim de doar a vida a um semelhante, ao meu semelhante”, contou ela.
Um caso raro. Afinal, a chance de doador e paciente terem medulas compatíveis para transplante é de uma em cem mil.
Também conhecida como tutano, a medula é um tecido que fica dentro do osso, e é responsável pela formação das células que produzem o sangue. Pode ser retirada do doador de duas formas: por meio de um furinho no osso da bacia ou pela veia.
O auxiliar técnico Ricardo de Assis tem o mesmo sonho de Sueli: doar um pouco da própria vida. Com o hemocentro quase vazio, ele logo foi atendido.
“Estou aqui hoje, quem sabe na semana que vem estou sendo convocado para estar ajudando alguém? Um bom jeito de começar o ano”, disse ele.
Mas Ricardo terá que esperar mais um pouco. Depois de aprovado no exame de sangue feito nesta quarta-feira, é que ele terá os dados da medula dele ficarão em um cadastro nacional, que será consultado sempre que um paciente com leucemia precisar de um transplante.
Os laboratórios dos hospitais brasileiros têm tido muito trabalho. Nos últimos nove anos, o número de doadores saltou de 50 mil para 1,3 milhão. O Brasil já tem o terceiro maior cadastro no mundo, uma posição respeitável, mas insuficiente para um país continental e miscigenado.
“A gente não tem um negro negro, o branco não é branco, todo mundo é miscigenado. Então, nós temos que aumentar bastante o registro e o número de doadores para poder conseguir uma maior resolução para os pacientes”, explicou Carmem Vergueiro, da Associação de Medula Óssea.
A medula que a estudante Renata Taube tanto precisava foi encontrada nos Estados Unidos, graças à integração mundial dos registros de doadores. Um ano depois do transplante, Renata não cansa de agradecer ao doador, a quem chama de anjinho da guarda.
“Nada ia poder comprar uma medula compatível. Então isso que é bacana. Você ver uma pessoa apostar em você em troca só de fazer o bem. No mundo que a gente vive hoje, é muito difícil”, disse ela.
Fonte: G1(06/01/2010)
Veja também nesse blog:
Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea – Parte 1
Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea – Parte 2
Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea – Parte 3