A (não) Superação Do Rei Roberto Carlos
Por Laura Marcon de Azevedo (Site Egalite)
O caso é conhecido, mas não é comentado. Estou falando sobre a deficiência que o cantor e Rei, Roberto Carlos, possui. Aos seis anos de idade, Roberto Carlos teve que amputar a perna após ser atropelado por um trem em sua terra natal, a cidade de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, desde então, ele utiliza uma prótese. Mas o cantor evita falar do assunto, não gosta de trazer à tona este episódio triste, prefere deixar enterrado e esquecido. É uma conversa que não se deve ter com o Roberto Carlos, perguntar sobre o acidente? De jeito nenhum. Nem de longe o Rei dá abertura para que lhe perguntem a respeito. Certo, mas iremos falar sobre isso aqui hoje. Até porque se ele não gosta de falar sobre o assunto, nada nos impede de comentar, não é? Respeito e entendo essa discrição do cantor, com certeza relembrar algo que mudou a vida de forma trágica deve ser muito triste. Mas acho que é uma história que pode servir de exemplo para todos que possuem deficiência física e estão desacreditados. Roberto Carlos tornou-se Rei da Jovem Guarda. O talento dele iniciou-se quando ainda era pequeno e aprendeu a tocar violão e piano, dando gás para a carreira de cantor – que viria a aumentar dali para frente, e, que continua emocionando o Brasil até nos dias de hoje.
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Uma vez o jornalista Elio Gaspari, de O Globo, disse que no início da carreira de Roberto Carlos, a discrição talvez fosse conveniente, sobretudo para um artista que preserva sua vida pessoal. Hoje, ele poderia ser um exemplo para milhares de pessoas, estimulando políticas públicas de saúde. Imaginem que influência de motivação essa história poderia gerar? Poderia unir-se ao time dos amputados, usando a fama como uma aliada nessa batalha e como forma de divulgar os avanços (ou problemas) ocorridos nesse ramo da fisioterapia. Claro que compreendo a dor de Roberto Carlos, e nem estou o criticando, apenas vejo com outros olhos a prótese dele (talvez com esses olhos de quem não possua deficiência), mas acho que todos os nossos problemas acabam tendo um lado positivo, seja para ajudar a mudar algo que estava errado ou para fazer bem aos outros de alguma forma. Bom, voltando à tristeza do Rei, é óbvio que é compreensível, visto que além disso, ele passou por diversos outros sofrimentos. Como a morte de sua amada esposa Maria Rita, que padeceu de um câncer e morreu em 1999 – e causou uma forte depressão no cantor.
Roberto Carlos já passou de 70 anos, e agora, podemos notar a dificuldade que ele tem para caminhar, as passadas de mão no joelho e aquela expressão triste, carregada desde sempre com a sofrida bagagem que carrega da vida. Amores mal resolvidos, um acidente não superado, morte de esposas, da mãe – a qual ganhou uma canção chamada “Lady Laura”, da filha Ana Paula e um trajeto de depressão que seguiu por alguns anos, o Rei encontrou-se apenas na bolha de um mundo artístico, no qual espalha seu talento e emociona milhares de pessoas. A vida pessoal ele guarda para si e para os íntimos, portanto, pouco podemos saber do que ocorre com ele. Mas vale comentar aqui no PCD Brasil que Roberto Carlos é pai de Dudu Braga, atual apresentador do programa “Sentidos”, que possui deficiência visual.
Um romântico que encanta mulheres ao jogar rosas e falar as palavras que as tocam profundamente, por meio das canções. Aqui, hoje, não estou compartilhando uma história de superação, pois este Rei não superou os males que a vida lhe proporcionou. Como eu disse no começo do texto, essa história poderia ser exemplo, mas não é. Pois Roberto Carlos é um homem que expressa tristeza no olhar, e até no sorriso – e não é para menos após tanto sofrimento. Mas ele se esforça, ele compartilha o seu talento e voz em shows, ele está sempre arrancando sorrisos ou lágrimas emocionadas. Esse é o bem que ele faz aos outros. E para este rei certamente não faltará carinho, pois ele é uma das pessoas mais amadas do Brasil.
Confira a música em que Roberto Carlos faz alusão ao triste episódio:
que texto confuso. nao entendi a questao da ‘nao superação’ da deficiencia do cantor. Se juntar ao time dos amputados e deficientes para estimular politicas publicas de saude e relatar problemas de fsioterapia? haha, faz-me rir! Roberto Carlos sempre foi abastado, nunca, provavelmente, teve que enfrentar batalhas com as burocracias publicas (que devem ser otmizadas e recursos alargados)
diz a autora que acha “uma história que pode servir de exemplo para todos que possuem deficiência física e estão desacreditados. Roberto Carlos tornou-se Rei da Jovem Guarda.” Nao, nao serve de exemplo. Roberto Carlos nunca saiu do armario, nao pq nao podia, mas pq nao precisava. Onde ja se viu um galã e conquistador sem pernas? contrassenso! Roberto Carlos faz parte da elite artistica brasileira. Fico com os guerreros da tribo de jah.
É difícil pra ele quem tem um trauma como esse só ele sabe como ta presente o dia a dia, e solidárizos com ele é acho que ninguém tem que perguntar nada,respeita-lo com sua dor,! As vezes a pessoa perde os dentes ,um dedo é difícil ! Imagine uma parte dos membros,! Nossa!
Ele não é obrigado a nada,só ele sabe o q passou,julgar é fácil,Imagina uma criança perde uma perna,uma infancia de extremo sofrimento,ele prefere enterrar essa história,Concordo com ele é fácil falar quando a vítima é o outro
Eu sou deficiente estou com idade de quarenta e sente anos e sou indígena Tenho 22 anos que eu falo que nas comunidades indígenas temos diversas deficiências que o mundo não conhece, e muitas etnias ilumina estas pessoas, moro na aldeia não tenho nem um dinheiro dado pelo o governo e outros parentes, há muitos anos que eu vejo que o governo não quer mim conhecer, e os outros índios que são deficientes, Eu quero a ajuda mais para todos e nem as TV a não conhece esta realidade deste povo.
Prezada Vera, muito bom dia! Cumprimentando-a pelo enfoque (..); e não tão ousadamente assim, como você, mas, por aqui, em Taubaté – RMVale, SP, estamos buscando juntar o nosso Conselho Municipal do Idoso (CMI) com o também Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMDEF), (num só). No município, já com 370 anos, consta que somos 300 mil habitantes, com 215 mil eleitores, e contabilizando 13% de pessoas idosas (acima de 60 anos), e para mais de 23% portadoras de alguma tipo de deficiência. Pois bem, nesta vasta região do Vale do Paraíba (SP), perfilam-se 30 cidades, subdivida, ainda recentemente, em cinco RMVale, totalizando quase 3 milhões de pessoas. E sendo que apenas (pasme) uma, a denominada Instancia Balneária de Caraguatatuba, no litoral norte, possui uma Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso (SEPEDI), com gestão de política pública autônoma e inclusiva. E que estamos (in) tencionando bem poder conseguir também aqui. Desvinculando estes dois segmentos atribuídos, a atribulada pasta, da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social (SEDIS) local. Objetivando, nos moldes da SEPEDI – Caraguá, buscar mais eficiência em atenção às pessoas abrangidas. Aliás, o que seria muito bom que, também, viesse por ocorrer em todos os estados (federativos), e em âmbito nacional, e nos municípios brasileiros. E gostaria de saber, o que você acha disto? Parabéns! Abraços afirmativos fraternos solidarizantes, e sempre avante, Clebion Miranda, 66, idoso e aposentado por invalidez, ora, conselheiro-presidente do CMI, e a vossa disposição em Taubaté – SP – tel. (12) 9 9768-1992
Boa Tarde, Clebion!Obrigada!
Acho um absurdo.Uma região brasileira que totaliza quase 3 milhões de pessoas com deficiência, que conta com apenas uma secretaria dos direitos da pessoa com deficiência é extremamente vergonhoso. Apoio e incentivo a criação de um conselho municipal que atenda idosos e pessoas com deficiência.Realmente seria ótimo se ocorresse em todos os municípios brasileiros.
Conte comigo na divulgação do conselho e no que puder ser útil. Grande abraço!
Olá Vera. Em São Paulo (Estado), temos uma Secretaria Especializada, e a cidade (município) tem o Conselho da Pessoa com Deficiência que trabalha bem, e a cada ano que passa, vai se aprimorando. Bons exemplos devem ser seguidos ! Dou o exemplo da Praia Acessível, iniciado em SP a uns 3 anos e que agora a cidade de Fortaleza (CE) tb o está fazendo…
Que bacana, Carlos!
O email do blog é deficienteciente@yahoo.com.br
Abraços!
SOU OSTOMIZADO, AMPUTAÇÃO DO RETO E ANUS EM VIRTUDE DE UM CANCER COLORRETAL, ATÉ ENTÃO NOSSA PATOLOGIA ERA ESCONDIDA DA SOCIEDADE, MAS COM A DIVULGAÇÃO QUE O NOSSO VICE-PRESIDENTE JOSE DE ALENCAR TAMBEM HAVIA SIDO OSTOMIZADO, E ELE, SE PRONTIFICOU A AJUDAR, ASSUMINDO REALMENTE SUA DEFICIENCIA, MUITA COISA MUDOU PARA NÓS OSTOMIZADOS, LEIS FORAM CRIADAS, ETC…
EU, PARTICULARMENTE, SEMPRE QUESTIONEI JUNTO AOS AMIGOS, PORQUE ROBERTO CARLOS NÃO ASSUMIU SUA DEFICIENCIA, PODERIA TER COLABORADO PARA UMA MUDANÇA RADICAL NA CONSCIENCIA DA NOSSA SOCIEDADE, AGREGANDO MUITO, MAS…PREFERIU ESCONDER E SE ESCONDER DENTRO DA SUA DEFICIENCIA, UMA LÁSTIMA.
Está no direito dele!
O primeiro “político” a “não deixar” escondido foi o Ex Governador de SP, Mário Covas, que a mim é um exemplo para todos, não apenas como figura pública, mas alguém que realmente procurava fazer o que era correto ! (ex: passe livre do idoso nos ônibus – pioneiro no Brasil)
Parabéns pela postagem e obrigado pela oportunidade de poder comentar, na minha visão de humanidade e de sociedade, somos todos deficientes, principalmente no que tange à pensamentos, sentimentos, emoções e principalmente temos uma deficiência crônica na língua, na verbalização do nosso maior instrumento de comunicação, acredito todas essas deficiência superam de longe o que conseguimos enxergar que é a deficiência física, aquilo que conseguimos medir de fato no mundo tridimensional.
Seria de fato muito auspicioso que o nosso Rei fosse visto como exemplo de superação, de perseverança, de otimismo e prosperidade para os menos afortunados e que desejam superar uma dor de uma deficiência física, acredito até que vemos ele dessa forma, mas devido a sua intimidade não ser exposta, acabamos por respeita-lo e aceita-lo da forma que ele assim o é.
Parabéns pelo blog.
Mathias
Infelizmente os políticos, os direitos humanos, as ONGs, as fundações internacionais estão apenas preocupadas com “direitos” que desagregam a sociedade e a família… aborto, casamento gay, feminismo…